Tudo o que acontece na louca vida de gutogalli e no planeta. Depois de 11 set. 2001, ainda vivo!

26.3.04

A Paixão de Cristo



Neste domingo, fui com a Elis e o Zehn, assistir A Paixão de Cristo (The Passion of the Christ). Fomos esperando filas quilométricas, tanto na bilheteria, quanto na entrada para as salas de exibição. Para nosso espanto, as filas estavam normais, umas 50 pessoas mais ou menos. Compramos os tkts às 14h, para a seção das 16h20. Fomos fazer hora e ás 15h50, resolvemos ir para a fila. Devia ter umas 20 pessoas, mas depois a fila ficou quilométrica bem rápido. Demos sorte, porque não pegamos fila grande em nenhuma das vezes.
Fui preparado porque muito se falou sobre as fortes cenas do martírio de Jesus. Mas pra dizer a verdade, não achei nada demais. É realmente um filme bem forte, com cenas cruéis e impactantes, mas pelo falatório, que foi feito, mundo afora, eu estava achando que o filme seria muito mais forte, com cenas mais impressionantes ainda. Tá certo, não vou falar que não me afetaram as cenas do espancamento de Jesus. Aquilo ‘doeu até em mim’, principalmente quando aquele açoite gruda nas costelas. Arrancando pedaços da carne e tudo feito em câmera lenta, pra chocar um pouco mais. Mas não é nada que não já se sabia. Quem é católico, ou mesmo não sendo, mas sendo um pouco interessado na história da humanidade, já sabia de tudo isso.
Na minha opinião, Mel Gibson apenas procurou retratar de forma mais realista, aquilo o que todo mundo já sabe há séculos. Não achei o filme anti-semita, como afirmam muitos. Na Bíblia, já não está escrito que foram os judeus que o levaram à morte? Porque o filme então seria anti-semita, se apenas retrata com mais fidelidade oque diz a Bíblia, que aconteceu. Vejam bem, que não estou condenando os judeus, afinal, nada tenho contra eles; tenho amigos judeus e já trabalhei com muitos deles. E se você se deixar influenciar pelo filme, ficará na dúvida, ‘em quem devo ter mais raiva?’ Os sacerdotes judeus que armaram e juntamente com o povo judeu que o apedrejou, ou os romanos idiotas que acreditaram e fizeram toda a barbaridade? E Poncio Pilatos ficou naquela dúvida? Naquela época? Até parece! Cada um teve a sua parcela de culpa. E já se passaram mais de 2000 anos e ninguém aprendeu nada. Então não podemos condenar um ou outro. Todos são culpados. Toda a humanidade, que por mais que se diga civilizada, não o é por completo.
No começo do filme, há cenas de uma beleza impecável, algo quase “divino”, mas que com o passar do tempo, as cenas não passam de cenas filmadas como as cenas de qualquer filme que se passa em Nova Iorque, por exemplo. Mas ainda assim é do ponto de vista cinematográfico, um belo filme, com forte apelo visual, boa trilha. Um filme feito para levantar críticas e vender. Na minha opinião, o resto são especulações.

Unknown 26.3.04