UMA DIA DE SOL NO INVERNO
- Ontem pela manhã, no metrô, entrou um senhor de mais de 70 anos, sentou e tirou do bolso um pocket book bem surrado com o título de Cabocla. Achei super bacana o 'tiozinho' lendo aquilo. E não é que ele pegou uma caneta no bolso do casaco e começou a grifar e a escrever no livro? Vi que tinha até um pedaço de papel com as suas anotações, falando de amor não correspondido. Mas o que me deixou puto, foi ver ele "destruindo" o livro daquele jeito. Livro é prá ler e guardar até a próxima leitura. Só! Não precisa estragar.
- À tarde na Av. Paulista, tinha um sanfoneiro sentado na calçada do prédio do futuro Banco J. Safra, tocando uma sanfoninha que parecia de brinquedo e 'cantando', "...só dez centavitos, senior! Apenas dez centavitos, por favor!"
- Mulheres de pernas de fora e uma mais corajosa de tomara-que-caia. Tá certo, tinha sol, mas estava frio, com o vento congelando tudo.
- E tinha um senhor bem idoso, negro, com uma sanfona (de gente grande), perto do Hospital Santa Catarina, tocando e cantando algo como um lamento e pedindo sua esmola. Não parei para ouvir, mas era algo como um 'blues sanfonado'. Devia ter parado um pouco, estava agradável.
- Atravessando a Al. Joaquim Eugenio de Lima, vi a Lúcia que trabalhou comigo na Belas Artes. Ela não me viu, mas aparentemente ela está bem. Fico feliz com isso. A Lúcia é a pessoa que eu conheço que mais entende de cinema europeu.
<< Home